11 de maio de 2007

Proibido Proibir – Jorge Duran


Mais um filme nacional visto, e mais uma vez Caio Blat rouba a cena. Alias neste filme, parece que só as cenas em que ele aparece, que são interessantes. Ele leva o filme nas costas com o seu personagem, o estudante de medicina Paulo, um jovem cujo lema de vida é “Proibido Proibir” que dá título ao filme.

Um filme com muitos altos e baixos, principalmente quando entra na parte de denúncia social, e também pelo trio de atores, já que Alexandre Rodrigues não consegue segurar a bronca, ele é muito ruim, mesmo quando ele protagonizou “Cidade de Deus”, me parecia que ele era o mais fraco de todos aqueles rapazes, ao contrário de Maria Flor e o já citado Blat.



O filme conta a história de três jovens universitários, sendo que Paulo (medicina) e Leon (sociologia) são muito amigos e dividem o aluguel de uma casa. Letícia (arquitetura) é a namorada de Leon, mas com o desenrolar da história começa a se envolver emocionalmente com Paulo.

Seria bem melhor se o filme ficasse só focado no trio e seus conflitos amorosos a lá “Jules e Jim”.Também é muito bonito o relacionamento de Paulo com uma doente terminal, chamada Rosalina (Edyr Duqui). Mas o diretor resolveu erroneamente focar a história numa denúncia social, e se perde neste propósito, pois esquece de trabalhar o conflito amoroso do trio. Para citar um exemplo, tem a cena em que Paulo e Letícia (Maria Flor) se vêem atraídos ao som de uma belíssima canção de Tim Maia, e ensaiam um beijo, mas ele (o beijo) não saiu e fica tudo esquisito. Quando finalmente acontece, parece que já havia passado da hora, ou melhor, acontece num momento errado, pois naquele momento o clima de denúncia política domina o filme e o que era para ser a cena clímax, fica morna e fora de propósito. Alias, o filme tem várias cenas que parecem não se encaixarem, ou estão ali fora de propósito. Mas a cena final é muito bonita, em que os três se abraçam e começa a lindo samba triste de Nelson Cavaquinho. Por esta música, a gracinha da Maria Flor e pela interpretação de Blat, o filme vale a pena.

3 comentários:

  1. Tem razão quanto ao beijo ter ficado deslocado no final do filme, em meio à parte da denúncia social, mas mesmo assim eu achei lindo de se ver. :)
    Bom final de semana, querido!
    Beijo.

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  2. Monstro peludo, não gostas mais de mim? Não responde meus e.mails.

    É Alê, aquele beijo tinha que ter saido na hora do som do Tim Maia.Se bem que na vida real é assim mesmo, agente sempre deixa escapar a hora certa.

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