7 de novembro de 2006

A Pequena Miss Sunshine – Jonathan Dayton

Tenho feito poucos textos ultimamente. Uma baita falta de tempo, o serviço me consumindo, aliado ao fato de estar sem computador, tem me afastado do blog , e (engraçado) uma certa estranheza, de minha parte acontece, quando resolvo escrever algo. Alguns dias já bastam para enferrujar a cuca, e a falta de tempo... Mas vamos lá, sendo este espaço muito do meu, posso fazer o que quiser com ele, até escrever sobre outras coisas que não sejam cinema.

Hoje apenas quero saborear o fato de ter assistido o filme acima e dizer que fazia (muito) tempo que não dava tanta risada com um filme, como este. Muita risada mesmo, e não era só eu. Todo o cinema lotado (Kinoplex Itaim) não parava de rir, numa comunhão maravilhosa de bobos alegres. Quando não estava rindo, estava com um sorriso de orelha a orelha. E olha que eu não estava num bom dia, na verdade estava estressado, cansado e carente.

Alguma coisa de errado acontece com os grandes estúdios na metrópole mundial do cinema. Suas grandes produções não atingem o público, seja em afeição, empatia ou mesmo grana. Existe uma falta de criatividade generalizada, e é nas produções independentes que vemos algum tipo de novidade, ou então nos seriados americanos, que antes rejeitados pelas estrelas, virou febre mundial.
Particularmente, dos filmes americanos que assisti neste ano, os únicos que realmente me agradaram, foram filmes baratos, que por vezes, atores participaram sem ao menos ganhar por isso, um exemplo é Ritmo do Sonho em que Terence Howard não recebeu dinheiro, mas faturou uma justa indicação ao Oscar. Ou mesmo filmes como Fora do Mapa, Heróis Imaginários ou Retratos de Família, que mostram que existe vida inteligente fora do circuito de Holywood.

Este “Pequena Miss Sunshine” também serve como exemplo de filme barato, (custou apenas US$ 8 milhões e demorou cinco anos para ficar pronto devido a falta de dinheiro). Atores apaixonados pelo projeto, que abrem mão do cachê, por acreditar no roteiro. Mesmo estando em franca ascensão, como é o caso de Steve Carrell, que neste filme faz o papel do tio/irmão da família em depressão, depois de uma tentativa frustrada de suicídio.

O filme conta a estória de uma família que parte em uma perua velha, para um concurso onde a filha mais nova da família, a lindinha e ótima Abigail Breslin vai disputar o título que dá nome ao filme. Acompanhamos a trajetória deles na estrada, e conhecemos cada um deles, e suas particularidades. O avô doidão, cheirador de heroína; o filho mais velho, leitor de Nitzche; o pai falido, que trabalha com palestras (vazias) de auto-ajuda. Todos os atores estão ótimos, numa rara comunhão de talentos. E o que vemos é uma verdadeira comédia, que nos faz rir muito.São noventa minutos de gargalhadas soltas, num texto simples e prazeroso. Só a cena do concurso, onde o apresentador canta, totalmente desafinada, uma canção ufanista americana, já vale o filme. Fora o fato de ter ficado praticamente a primeira meia hora do filme sem parar de rir.

Miss Sunshine consegue seu intento que é fazer rir, ser sem bobo. Uma deliciosa comédia que te faz sair do cinema de bem com a vida, pois rir sem culpa faz muito bem para a alma. Saí leve e feliz do cinema. O que há de melhor para uma comédia? Este é um daqueles filmes que sei que irei assistir muito mais que esta única vez.

3 comentários:

  1. Estou doente pra ver este filme.
    Voltei ontem de viagem e ainda não tive tempo de ver se ainda está em cartaz. Espero que sim.
    Beijo.

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  2. Oi, Alê, beleza? Dançou muito tango? Espero que tenha curtido bastante.
    Não perca este filme, pois é realmente engraçado, pelo menos eu achei.
    Beijo,
    Beto

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  3. Oi, Alê, beleza? Dançou muito tango? Espero que tenha curtido bastante.
    Não perca este filme, pois é realmente engraçado, pelo menos eu achei.
    Beijo,
    Beto

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