7 de abril de 2006

Um Lugar Para Recomeçar – Lasse Hallstrom


Fui assistir a este filme pronto para gostar, ao contrário dos comentários e críticas lidas. Gosto do argumento, essa coisa de interior, parece que as coisas da “alma” são melhores resolvidas e analisadas nesses ambientes rurais, sei lá, sair dos grandes centros urbanos. E também para ver um ator que gosto muito, Robert Redford, aqui como o vaqueiro Einar.

Mas chega a ser impressionante como o diretor Hallstrom,desperdiça sempre uma boa produção e bom elenco ao seu dispor. Parece-me que é preguiça mesmo, e não falta de talento. Lembro de ter ido assistir Chocolate por causa da francesa Binouche e sair com uma impressão pior ainda, jurando não mais assistir a nenhum filme do diretor. Não tenho a intenção de ser crítico com os filmes, apenas ver o que eles falam a mim.Mas não tem jeito, a impressão que tenho é que o diretor é um medroso, não se arrisca, só quer manter um patrão regular e torna-se um frouxo.

O filme conta sobre o retorno,(fugindo de um namorado violento), de uma viúva a sua ex-casa, onde ainda vive seu ex-sogro, junto com o velho e bom empregado. Este não se recupera, apesar dos dez anos passados, da morte prematura do filho querido, e culpa a viúva pela morte dele, que aconteceu num acidente automobilístico em que ela conduzia o carro. Acontece que ela aparece com uma filha, neta que ele não sabia existir. Mesmo assim a relação dos dois é de culpa e mágoa.

Diálogos rasos, atores mal trabalhados e cenas mal elaboradas constituem um filme que nunca se aprofunda em nada, não emociona, é apático. Quando você pensa que o filme vai decolar, ele acaba.
Parece que Jennifer Lopez (Jean Gilkyson) desistiu de ser atriz, tamanha a apatia, e talentos como Redford e Morgan Freeman (Mitch Brasley) são desperdiçados. Ponto para a carismática menina que faz a neta de Einar e o grande urso. Os três juntos fazem as melhores cenas do filme. É pouco, muito pouco, para tamanha pretensão.

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